sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Solidão Sombria

A saudade até que foi inventada
mas por mim foi desconhecida
até que a distância foi criada
para tornar a solidão sombria

Não é paixão comum ardente
pois não se queima até o fim
é algo que oculta uma nascente
de um rio que se forma em mim

Teu amor sempre me regenera
tornando-me pacífica e pura
é sentimento de vida que impera
é regogizo que para sempre dura

No céu de seus olhos vejo um amor
que alça um vôo à toda completude
onde tudo que é visto é promissor
eterno e bonito como a juventude

MP

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Evolução...


Pic by Milo Manara.

Da roda à curva...

MP


quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Personagens do meu festim inexato

O convite da festa seria laminado, de um novo ultrapassado, estampando a obrigação do traje à Rigor, porque, afinal, roupagem fina e de bom corte é do tipo simulacro.
O local é o destino das circunstâncias - de um tempo que não prima para se tornar memorável.
Entre tantas personagens de prestígio, a Coerência e o Esperado até seriam convidados, mas, por todos os motivos justos, teriam declinado para comparecer a algum evento mais exato.
A Cobrança teria o seu convite extraviado propositalmente. Entretanto, devido a sua perseverança, conseguiria pulseirinha para o camarote de “gente diferenciada”das pressões.
A Verdade estaria entorpecida antes do início de seu jogo...
O Regozijo me flertaria, mas ficaria com outra mulher, bem mais fascinante, vulnerável e hedonista.
A Mesmice me perseguiria a noite inteira, na esperança, ó pobrezinha, de ser apresentada ao mais encantador dos convidas, o Inesperado.
A Tradição, como sempre, viria com a intenção de reconquistar seu espaço, recém tomado pelo Novo que, no ápice de sua boa forma, mantém-se intacto como o centro das atenções.
A Libertinagem, como sempre, com um copo de destilado gelado na mão direita e na esquerda a posse de um Cohiba, aguardaria a Oportunidade.
Na ausência de algo que me complete, sento-me com a Possibilidade, Sra. das Alternativas.
E, ao final do festejo, sempre me entrelaça a Dúvida, amante consistente, que prenuncia infinitas versões de mim mesma.
Na saída, a Solidão, que ficou a festa inteira à espreita, toma-me pelos braços e me leva em segurança para casa, em todo tempo certa de ter alguma companhia.


MP

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Erica Lugo




Delírio...



...uma boa idéia.

MP


Pegada

Minha Pegada, sou eu quem faço
Deixando uma forma no mundo
Simples rabisco, trôpego passo

MP


segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O Franco Atirador x Platão


Se há uma Idéia Pura de tudo...
... qual seria a Idéia Pura da Guerra?

Existe uma Idéia fixa e perene que traduza este conceito?

Instrumentalidade da vida...

domingo, 22 de agosto de 2010

Lira dos vinte e cinco anos

Vivendo o maior desperdício de uma mínima existência.

Da Utopia jovial à misantropia total!
Dos poemas aos dilemas...

Bem-vindos ao país de Recursia, onde tudo depende do ofício de sua mãe...

MP

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Conquista

Desejar ardentemente ter um ser
Pois do vácuo sobrevive a solidão
A busca por sentido é comprazer
De esperar despudorada conexão

Nego que o coração seja caixa
Pois trancafiar um sentimento
É um atrevimento que rebaixa
O amor livre como seguimento

O vazio espera toda completude
Pois excesso tão pouco se incita
Até mesmo é conforto que ilude
E que não vislumbra a conquista

MP

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Francês embriagado


Este amor é um caro Cabenet
Inacessível às minhas custas
Sedutor ao sabor dos olhos
Embriagado sem ser provado
Totalmente.

Uva franca de sua terra de origem
Passa-me vontade quando vem
Pois se pronuncia em são grená
Elixir que rouba outros amores
Definitivamente.

Espírito atordoado tão mimado
Que me leva com sua mente
“L’âme du Vin” de Baudelaire
Cujo talento é querer provar-te
Assiduamente.

Mas o que fazer se teu gosto
Sempre me encarece a alma
Acostumei-me então, o paladar
Mais Machado tão extasiado de
Aguardente.

MP

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Dama Purpurata

Onde está a Orquídea que se destacava no jardim?
Murchou sorrateiramente pela presença do tempo

Fincou no lugar de raízes a loucura insustentável
Sumindo a inefável beleza no monocromático,

Verde apagado da desesperança de um fim
Na esperança de que do céu caia um só milagre,
Gotas de chuva da existência tão compreendida

Para que um dia se faça florescer como outrora

MP

domingo, 8 de novembro de 2009

La Sonadora

Melhor conjugo a Existência quando vejo:

Um cavalo galopando
O vento entrecortando
Uma cigana dançando
A chuva só refrescando
A música me levitando
O poema me versando
Um amor se abraçando
Metafísica me levando
Humano humanizando

No mais, particípio no infinitivo mundano.

MP

domingo, 25 de outubro de 2009

Jardim das Delícias Terrenas - Hieronymus Bosch

"castigo infernal" - " na figura acima uma criatura semelhante a um pássaro professoral devora vítimas humanas, e depois as defeca em um poço de excremento e vômito. Este é o castigo para aqueles que incorrem no pecado mortal da gula. Note o enorme caldeirão que serve de chapéu para a criatura."




Primeira parte - Éden - "E Deus criou a mulher..."
Segunda parte - O Jardim da Luxúria - " a prova da perda do estado de graça do homem..."
Terceira parte - O fogo do inferno - " Pagam somente aqueles que se entregaram aos prazeres da carne..."
Fonte: " Para entender a arte", Robert Cumming, ed Ática.

Loucura de Bosch

Loucura
.
Em um indício final da perda da razão, resta claro o início da devassidão.
A razão em sobras é um prato indigesto pelo qual todos fingem saborear.
Com o conflito, como a indisposição natural do “chiaroscuro” , é que se define melhor a realidade.
A esquizofrenia é indiscriminadamente a mais pura naturalidade de ser simplesmente, mas na tentativa de simplesmente "sê-lo", regulam-se a essência para melhor engolir um padrão qualquer.
Combater a gula, pois todo excesso é loucura.
.
Regula
Engula a gula.
.
Como disse Musset : “regulávamos nosso desregramento”.
.
Regula
Engula a gula.
.
MP